Comunicado do CAFIL acerca das festas e da PM no campus

(Proferido na assembleia do CACH do dia primeiro de outubro)

O CAFIL, em reunião realizada hoje, dia 1 de outubro, ao 12h, decidiu por comunicar a seguinte nota em nome da gestão do CAFIL e demais presentes:

Gostaríamos de relembrar, por meio dessa nota, as resoluções decididas na última assembleia conjunta do CACH e do CAFIL, onde foi decidido pela criação de uma comissão para a elaboração de um estatuto de festas. Naquele momento já existia a consciência de que um acontecimento trágico era questão de tempo e que a reitoria poderia usar isso como argumento para o recrudecimento da política de segurança e de festas.

O CAFIL lamenta o fato que nenhuma reunião da comissão foi realizada e entende ser de fundamental importância a elaboração do estatuto, para que possa ser discutido, junto com a comunidade universitária, uma política de festas que atenda o interesse dos estudantes e que preze pela segurança de todos. Frisamos que não gostaríamos de uma solução caseira, que atenda somente os estudantes do IFCH, mas uma construção conjunta com as outras entidades.

O CAFIL acredita ser atualmente o momento mais propício para pressionar a Unicamp pela alteração do regulamento de festas e outros regulamentos prejudiciais à boa convivência da comunidade universitária.

Reafirmamos o compromisso de reconstruir essa comissão, se não para criar um estatuto de festas do ME, para criar uma proposta de alteração de regimento da universidade de forma a atuar propositivamente e não meramente de forma reativa aos acontecimentos trágicos do mês passado.

Se for do interesse desta assembleia gostaríamos, portanto, de reafirmar o decidido na última assembleia conjunta do IFCH e retomarmos os trabalhos da comissão, sob essa ótica. Na verdade, iniciá-los, já que estes nunca tiveram início.

A respeito da entrada da PM no campus, nos posicionamos contra a existência da PM como instituição. Consideramos temerária a entrada da PM no campus, assim como é temerária a perpetuação dessa instituição na sociedade. Defendemos a desmilitarização da polícia e que todo debate a respeito da PM seja dado com esse enfoque. A universidade não deve ser uma bolha. Se defendemos a PM fora do campus é porque antes de mais nada somos contra a existência da PM. Nesse sentido, gostaríamos de sugerir que não seja usado o termo “Fora PM” em cartazes e em vez disso considerar outras alternativas, como “Pela desmilitarização da polícia” ou “PM não é polícia”. Desta forma poderemos mais objetivamente chamar a atenção da sociedade para o problema em sua essência.

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